Quando alguém fala sobre estratégia, muitas vezes está tratando de aspectos externos à empresa, da posição no mercado e da forma pela qual a organização se relaciona com elementos do ambiente externo para cumprir suas metas. Embora os livros sobre o assunto também se refiram com clareza a pontos fortes e a pontos fracos internos, frequentemente se supõe que tais aspectos sejam secundários. Na verdade, não o são.
Como fugir do convencional
A base de uma estratégia pode repousar, por exemplo, na necessidade de obter uma produtividade tal que torne possível chegar a resultados de outra natureza quanto à forma de operar, ao tipo e à abrangência do efeito gerado. Por exemplo, se o arranjo convencional de recursos materiais e humanos permite alcançar a produção de X unidades, talvez outra forma de combinar esforços, tempo e recursos permita produzir 5X, com alcance e resultados finais mais significativos e mesmo diferentes. O que fazer quando se torna necessário fugir do convencional?
Em casos desse tipo, temos duas questões imbricadas. Uma delas é a da eficiência ou produtividade, isto é, da relação entre insumos de um sistema e aquilo que ele produz; trata-se, por assim dizer, de um problema de engenharia. A outra está em buscar formas não convencionais de arranjar os elementos à disposição para produzir certo resultado: um problema de imaginação. O desafio reside em pensar em formas criativas de estruturar o esforço produtivo que levem a uma produtividade tal que à primeira vista pareceria inatingível.
Uma empresa pode se ver obrigada, por exemplo, a abandonar a produção em série de um item para passar a produzi-lo em células que operem simultaneamente. Outra pode pensar em contratar equipes externas para desenvolver certas atividades ao mesmo tempo em que ela desenvolve outras. Em outro caso, o desejável é poder articular e coordenar os esforços de forma a combiná-los, tendo flexibilidade para substituir fornecedores conforme a necessidade.
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