sábado, 9 de julho de 2011

A Arte De Ouvir


Perceber, reconhecer, entender, compreender, valorizar, dar atenção, respeitar... São vários nomes diferentes para um processo tão simples, mas ao mesmo tempo tão difícil de ser praticado:
 ouvir, de fato, o outro.

Ouvir não significa simplesmente escutar os sons da voz ou acompanhar o raciocínio do interlocutor. Significa, antes de tudo, ter paciência e tolerância para aceitar a outra pessoa como ela é, com suas qualidades e seus defeitos, crenças e emoções, com sua aparência, quer nos seja agradável ou desagradável, sem pré-julgamentos. Concordo com quem disse que esse não é um processo fácil, embora pareça tão elementar.

Vamos analisar um pouco as causas dessas dificuldades. É muito comum compararmos o mundo ao nosso próprio referencial de vida, de como percebemos o mundo, que passa a ser o “nosso mundo”. Incluem-se aí os nossos valores, conceitos e preconceitos.

Além disso, as pessoas aproximam-se pelas semelhanças e não pelas diferenças, desmistificando a crença popular de que os opostos se atraem. Se observarmos bem, antes da diferença há muita convergência, situações comuns, similaridades que atuam como facilitadoras de um processo de entendimento e consideração e a partir daí eventuais diferenças de caráter, atitudes ou comportamentos passam a configurar uma relação afetiva. Se observarmos bem, quando admiramos uma pessoa dizemos: “Que pessoa extraordinária! Que pessoa agradável! Que pessoa simpática!” Enquanto isso, lá no fundo, um outro comentário quase imperceptível complementa ... “tão parecida comigo!” Também fica fácil entender tal atitude por outra simples razão, só percebemos qualidades e defeitos nos outros quando nos chamam a atenção porque em potencial essas características existem em nós mesmos.

Se precisamos falar com o outro de verdade, primeiro é necessário querer e esse querer precisa ser um desejo, uma vontade inquebrantável que não nos fará desistir diante da primeira adversidade. Depois, devemos ter e exercitar a flexibilidade, colocando-nos no lugar do outro, empaticamente.

Aliás, empatia é isso mesmo: ajustar-se ao estilo, momento psicológico, crenças e valores do mesmo interlocutor e nessa projeção conseguir melhor entendimento.

Algumas sugestões importantes para quem, de fato, deseja ouvir de verdade outra pessoa e, a partir daí, abrir uma porta de entrada para o relacionamento: amizade, vendas, negociações, lideranças, amor etc.:

· Olhe nos olhos da outra pessoa e perceba-a nos seus detalhes, esteja com a atenção focada e envolvida com ela.

· Procure manter a calma, evite deixar se dominar por algum preconceito ou algo da outra pessoa que desagrada.

· Tenha paciência, saiba aceitar o silêncio da outra pessoa.

· Evite contradizer o outro, evitando as palavras “mas”, “todavia”, “entretanto”, “contudo”

. Procure, antes de qualquer discordância, algum ponto com o qual vocês concordem.

· Valorize e respeite as opiniões de seu interlocutor.

· Demonstre respeito pelo outro como o outro é, e não como gostaria que fosse.

· Crie condições favoráveis para o outro expressar livremente suas idéias e opiniões, saiba ter tato para lidar com a discordância.

· Concentre as diferenças no campo das idéias e não permita que sejam levadas para o lado pessoal.

· Certifique-se de que você compreendeu de fato o que o outro queria transmitir; repita, questione, pergunte, evite ao máximo interpretações infundadas.

· Por último, faça bom uso do grande amor que você tem em seu coração para aceitar incondicionalmente as outras pessoas como são: cheias de defeitos, limites, preconceitos e, também, repleta de virtudes, sonhos, conhecimentos, de sentimento. Assim como você.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

A necessidade do coach nas empresas

Ultimamente, fala-se muito em coaching, mas são poucos os gestores que realmente conhecem e aplicam esse conceito na vida profissional.
O coaching é um processo que equipa profissionais com ferramentas que geram conhecimento, aprendizado e desenvolvimento de competências para que eles alcancem seus mais desafiadores objetivos pessoais e profissionais.
O termo coach, que veio do mundo esportivo, designa o técnico do time, aquele que incentiva o atleta a ser vitorioso e fornece as ferramentas necessárias para que tenha um alto desempenho. Ele ensina seu coachee (profissional ou atleta que está sendo assessorado por ele) a vencer.
No mundo corporativo, o coaching tem o enfoque no aumento das competências do executivo ou empresário, para que ele se torne um líder mais efetivo e com Inteligência Emocional mais desenvolvida.
O ser humano pode e deve alcançar seu potencial máximo, e para isso há a necessidade de um treinamento estruturado, ou seja, um coaching focado no desenvolvimento das competências desejadas. As competências que já existem no coachee precisam ser despertadas e trabalhadas, e é aí que entra o trabalho do coach.
Entre as principais capacidades a serem desenvolvidas estão: aumento da auto-estima e confiança em suas próprias capacidades, resiliência (capacidade de lidar com adversidades), capacidade de resolução de conflitos, administrar mudanças e trabalhar eficientemente em equipes, habilidade de administrar o estresse, usando-o de maneira positiva, aumento da produtividade e dos lucros, da qualidade de vida no ambiente de trabalho e da capacidade de liderança.
É necessário e sadio para as empresas contarem com o apoio externo e a expertise de um coach profissional, um consultor contratado para auxiliar os gestores a pensarem de maneira criativa, a abandonar padrões preestabelecidos e optar por soluções inovadoras, assim como buscar a melhoria contínua de sua equipe.
Ao mesmo tempo, é fundamental contar com o conhecimento da cultura e do perfil da empresa, que só um profissional que trabalha nela possui. Nesse caso, entra o coach interno e o gestor que vai aplicar coaching em sua equipe. Ele vai atuar como facilitador, ensinando seu time a analisar os fatos e buscar soluções eficazes.
O processo de coaching bem estruturado efetivo torna o profissional um agente de transformação de sua vida e, conseqüentemente, evita sua estagnação na carreira. Além disso, a empresa que valoriza seu capital humano e capacita seus colaboradores para atingirem cargos de gestão, dispensa a busca externa por profissionais para preencher seus
cargos de liderança, recrutando dentro de seus quadros o novo gestor.
O mundo globalizado exige novos modelos de gestão para que as organizações atinjam o nível de excelência exigido pelos consumidores de seus produtos. As empresas que possuem a capacidade de se antecipar às necessidades do mercado, se adaptar às mudanças e que adotam o coaching como ferramenta para atingir um alto nível de desempenho de suas equipes são as que conseguem os melhores resultados financeiros a médio e longo prazos.